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terça-feira, dezembro 21, 2004

Até 2005

Estou de férias e só volto em 2005. Como não tenho mais aquela legião de fãs, não me preocupei em deixar mais posts. Coloquei apenas um Clóvis Camargo em homenagem ao ano novo. Leia abaixo. E se não tiver nada pra fazer leia os outros que estão mais abaixo. Um forte abraço a todos.

Clóvis Camargo em: "A hora da virada"

29/12/86 – Clóvis tinha acabado de descobrir que o Papai Noel, na verdade era o Tio Augusto, pois o Fabinho, seu primo pentelho, resolvera arrancar o barba do bom velinho. Estavam na praia, e como era sua primeira vez, quis aproveitar até o último segundo de sol.

RESULTADO: Ficou o resto da semana em casa agüentando o Tio Augusto lhe chamar de camarão.

30/12/94 – Saiu de casa para acampar com a sua namorada Regina e mais dois casais de amigos. Foi pego numa barraca dando o maior amasso na Odete, a namorada do Almeida.

RESULTADO: Passou a virada em casa, sem namorada e sem amigo.

02/01/97 – Conheceu a Eliza, o amor da sua vida pelos próximos seis meses. Resolveu aceitar a oferta do seu novo amor e ficar mais três dias em Minas.

RESULTADO: Ganhou uma namorada e perdeu o emprego.

31/12/99 – Saiu do serviço às 18h e resolveu descer a serra.

RESULTADO: Passou a virada de ano abraçando o Fernando, um sujeito simpático que nunca tinha visto antes, no meio da serra.

01/01/02 – Passou o melhor ano novo de sua vida, em Copacabana, ao lado de uma turma de amigos. Acordou às 14h23m, em baixo de um quiosque na Barra da Tijuca.

RESULTADO: Três dias com dor de cabeça.

26/12/04 – Está se matando de tanto trabalhar e morrendo de raiva porque a namorada e os amigos estão em Porto Seguro. Está armando um plano para passar um ano novo inesquecível.

RESULTADO: ?

Escrito por: Michel Seadini e Henrique Nunes

segunda-feira, dezembro 20, 2004

O Fabinho e a Vida

O Fabinho era um terror. Era até um garoto bonito, as meninas o paqueravam, mas só até conhecê-lo melhor. Era uma peste. Seu apelido na escola era “Fabinho Furacão”, mas não foram os amigos que o apelidaram assim... foram os professores.
Na reunião de professores ele era o assunto mais comentado:
- O que o Furacão aprontou desta vez?
- Nessa semana até que ele estava light, só me xingou de vagabunda, jogou o estojo da Martinha no vaso sanitário e deu descarga e grudou chiclete na cabeça da Carol.
- Esse Fabinho é fogo!
Os professores riam, já estavam acostumados.
Mas quando ele passava dos limites a diretora convocava a sua mãe para reunião.
- Manheeeê, a diretora mandou um bilhete pra senhora.
- O que você fez dessa vez Fábio Augusto?!?!
Sua mãe o chamava de Fábio Augusto quando ficava aborrecida. Ele nem ligava.

No outro dia, na sala da diretora:
- Assim não dá Dona Rita, ele jogou Coca-cola na cara da Samanta.As mães já fizeram até um abaixo assinado para que eu o expulse do colégio.
- Ai Dona diretora! Não faça isso por favor. Entenda, ele é filho único e...
- Dessa vez passa, mas da próxima...
- Eu juro que o Fabinho vai se comportar.

No caminho pra casa, como de costume, a mãe passou na igreja pra rezar pelo Fabinho, só que nesse dia algo estranho aconteceu.
Lá estava ela:
- Ai meu bom deus!!! Eu não sei mais o que fazer com esse menino, ele está cada dia pior.
Foi quando surgiu uma voz do além:
- Não se preocupe minha filha, a vida cuidará dele.

Assim os dias se passaram, Fabinho já era um rapaz e estava se tornando um delinqüente: pichava os muros, quebrava as vidraças, tocava as campainhas de madrugada... Os vizinhos todos indo embora do bairro (Não agüentavam mais o Fabinho) e a Dona Rita sempre ouvindo a mesma coisa na igreja:
- Não se preocupe minha filha, a vida cuidará dele.

Sua mãe já tinha até desistido, nem na igreja ia mais, achava que deus era um impostor. Até que um dia, uma garota mudou no final da rua. Era morena, cabelos longos e tinha um andar que encantava a todos, até os mais velhos reparavam:
- Pensa que eu não vi Nestor, olhando pra menininha, que coisa feia!!! Ela tem idade pra ser sua filha.
- Que isso ó Ruth! Eu estava olhando pro cachorro fazendo xixi.
- Sei, sei.

Um dia o Fabinho tomou coragem:
- Oi morena! Te achei mól gatinha. Como você chama?
- Eu me chamo Vida e você?
- Fábio Augusto, mas pode me chamar de Fabinho.
Começaram a namorar e o Fabinho se aquietou.
Começou a trabalhar e a levar os estudos mais a sério.
Estava apaixonado, comia na palma da mão daVida.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

O fardo que se carrega

Há dois dias atrás eu me machuquei jogando futebol (ninguém manda ser craque né?). Mas se vocês acham que eu estou escrevendo esse post para me gabar das minhas habilidades futebolísticas estão redondamente enganados. Vou falar de coisa séria.

Ontem fui à clínica de ortopedia para ver o que realmente havia acontecido comigo. Liguei antes e a simpática recepcionista disse que ela me encaixava entre uma consulta e outra. Fui.
Lá chegando fui obrigado a responder um questionário para a atendente (Não sei pra quê, se depois ela vai me mandar esperar de qualquer jeito)... Dizem que são coisas de praxe (Num gosto dessa palavra)... Conforme o esperado, ela me pediu para aguardar... Aguardei por mais de uma hora até que ela me mandasse esperar no corredor... Mais cinco minutos e aparece o doutor:

- Vamos lá, campeão?
- Opa. Vamos sim - respondi enquanto mancava em direção à sua sala.
- O que aconteceu aí, rapaz?
- Eu tava jogando bola e trombei com o goleiro e blá, blá, blá...
- Então vai lá e tira um Raio-X da região do "ilíaco" pra eu dar uma olhada.

Fui.
Chegando na porta da sala fui recebido por um homem negro, alto e desajeitado que me disse: "Precisa pegar a ficha com a atendente".
Mais cinco minutos e volto com a tal ficha.

O homem negro pediu que eu entrasse na sala e esperasse. Ele me perguntou se era o pé e eu lhe expliquei que era no ilíaco (conforme me explicou o doutor).
Então o homem negro tratou de ajeitar a máquina, empurrar a maca pro outro lado e me colocar na posição para tirar a chapa. Estava na cara dele que ele nunca tinha passado por aquela situação antes. Acho que era novo no emprego e se deparava, pela primeira vez, com a tarefa de tirar uma chapa do "ilíaco".

Com uma voz baixa e tímida, me pediu para esperar, estava nervoso. Eu olhava diretamente nos olhos dele, como quem quisesse dizer: "Calma rapaz, eu imagino o que você deve estar passando e terei toda paciência do mundo", mas ele não tinha coragem de me encarar, estava visivelmente nervoso. Me pareceu se sentir culpado por me fazer esperar, por ser novo no emprego e etc.

Alguns minutos depois e ele voltou, colocou-me novamente na posição e tentou achar o foco da região exata. As mãos estavam trêmulas. Depois pediu para que eu não me mexesse e fez a chapa. Em seguida levou o resultado para um outro rapaz que voltou junto com ele e me disse:

- Vamos ter que tirar outra. essa não ficou boa.

Colocou-me na posição e explicava impacientemente para o homem negro onde ficava o ilíaco. O homem negro apenas concordava, em voz baixa. Como quem estivesse pedindo desculpas por não ter experiência, por não ter tido oportunidade... e por ser negro também.

OBS: Texto publicado originalmente dia 09/10/04, no antigo calatemundo.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Lembram daquele blog super bacana chamado Calatemundo? Pois é, ele voltou... Não é o máximo?

Olá, meus queridos leitores!

Já estava com saudades dessa vida de blogueiro.
Bastou ficar um tempinho longe dos blogs pra surtar.
Tem fulano que é viciado em cigarro, outros em bebida, outros em shopping center e até em programa do Datena tem gente que é viciado.
Eu? Bom, eu gosto de escrever, e por isso estou de volta.

Estava super enrolado com a faculdade, com o teatro e com o trabalho. Aproveitei que minha cota no uol havia excedido para tirar minhas merecidas férias. (Mas é um folgado mesmo! Não tem nem 4 meses de blog e já quer férias).

Estou me desligando do atual emprego no NUC (Núcleo Universitário de Cultura) da Unimep (faculdade onde estudo) e, em breve estarei na loja com o papi. Mas só lá pro final de janeiro é que terei acesso à internet durante todo o dia.
Por enquanto, vou republicar os melhores posts do antigo calatemundo e colocar uma coisinha ou outra, ou seja, vou enrolar vocês até tomar coragem de assumir um novo blog.
Vale lembrar que esse blog ainda está em construção. estou preparando algumas novidades para o próximo ano.

Abaixo você encontrará alguns dos textos que publiquei enquanto esse blog ainda era um segredo. Tenham paciência e leiam todos, ok?

Fiquem agora com um breve perfil do blogueiro mais charmoso e simpático do bairro:

Nome: Michel Fernandes Pasqual
Pseudônimo: Michel Seadini
Nacionalidade: Argentino
Paixões: Literatura, Corinthians e Mulheres (nessa ordem).
OBS: O Corinthians contratou o Carlos Tevez... Como bom corinthiano e argentino, hoje sou o homem mais feliz do mundo.
Uma música: Santa Chuva (Maria Rita)
Um filme: Fale com ela (Almodóvar)
Um livro: A idade da razão (Jean Paul Sartre)
Uma cor: Vermelho
Uma frase: Não deixe pra amanhã o que você pode postar hoje.
Um medo: Até hoje tenho medo da canção de ninar "Boi da cara preta". Não entendo como uma alma sã tem coragem de cantar isso pro seu filhinho querido.
Um sonho: Teve um com a Luana Piovani...
Uma mulher: Uma só? É muito pouco.

- Já chega Michel. Voltou muito engraçadinho.
- Já vai começar a censura, porra? Vai se fuder, editor filho da puta!

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Parabéns por quê?

Hoje foi aniversário de uma garota da minha classe e, após o anúncio de uma amiga, todos correram para dar os parabéns. Eu que não sou lá tão chegado assim dessa garota, resolvi ficar na minha, assistindo a cena. Fiquei pensando cá com meus botões: o que será que nos leva a parabenizar uma pessoa que está ficando mais velha? Tentei refletir sobre o significado da expressão “parabéns”. Cheguei a uma conclusão: Nós devemos parabenizar uma pessoa por algum êxito ou alguma conquista. Por exemplo: O cara que passou em um vestibular superconcorrido merece os parabéns, o time campeão de um torneio dificílimo também. Já o aniversariante não. O que o aniversariante fez de bom pra merecer os parabéns? Ficou mais velho? Talvez em meio à guerra no Oriente Médio ou na periferia de São Paulo isso faça algum sentido, pois o fato da pessoa se manter viva e completar mais um ano de vida é um grande êxito, mas nós?
Certa vez, no meu aniversário, um super amigo me ligou. Ficamos quase uma hora no telefone e ele não me deus os parabéns. Eu sabia que ele havia ligado pela ocasião, mas começamos a bater papo e a conversa mudou de rumo. Eu fiquei chateado pela falta de atenção dele. “Como assim me liga e não dá os parabéns? Que absurdo!!!” Mas a partir de hoje penso diferente. Quem dera ele tivesse feito isso de propósito. Não tinha nada que me parabenizar mesmo.
Continuando o raciocínio, fico pensando nos casais de namorados, que contam cada dia de namoro, e a cada mês trocam presentes e saem pra comemorar. Tem até aqueles que contam dias, horas, minutos e segundos, achando o máximo. Comemorar o quê? Uma relação decente é atemporal, você esquece o tempo, mas parece que estão fazendo um sacrifício. E fulanos e fulanos enchem o peito pra dizer: “meu namoro já dura 2 anos, 7 meses e 14 dias”. Prestem atenção no “já dura”. Então, o que era pra passar despercebido, vira uma obsessão: "Ai de fulano se ele esquecer que no dia tal completou mais um mês de namoro". Bom, sejamos sensatos, um casal que comemora 25 ou 50 anos de casados tem mais é que comemorar mesmo. Esses sim merecem os parabéns, Porque passar 25 anos dormindo e acordando ao lado da mesma pessoa é uma tarefa e tanto.
A partir de hoje vou economizar os parabéns, só me darei ao trabalho de parabenizar alguém que tenha feito algo digno, caso contrário esqueçam. E não me venha encher a paciência porque esqueci do teu aniversário, porque posso ter esquecido de propósito.
Quero que todos me liguem no dia do meu aniversário: pra bater um papo, contar as novidades e tudo mais, mas ai de quem vier me dar os parabéns, corre o risco de levar um xingo, pois quem fala besteira escuta besteira, já dizia o outro.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Do nada pra lua

Tudo o que sei, tudo o que sou
Nada quer dizer se não sei onde estou.
Pra mim tanto faz qual é a direção
Qualquer caminho serve pra quem vive em vão.

Quando não se sabe mais o que restou
E o tempo é indiferente
Tanto faz estar coberto de razão
Ou equivocado, se já perdeu a direção.

Eu ligo a TV, desligo a TV
Abro e fecho um livro mas não sei porquê
E o tempo parece não corresponder
Às expectativas que alimentei

De ver algo novo acontecer
E fazer surgir dentro de mim
Qualquer impulso que me faça levantar
Em busca de um pouco de tudo que foge a razão
(Desculpe-me, aceito tudo, menos a submissão)

O tempo passou e eu não notei
Que sigo postulando pela minha vez,
Que vou reformulando minha própria lei, sem saber

Que nada mudou, a não ser em mim
Essa vontade louca de achar um fim
E eu continuo sem saber se estou ou não na direção

Daqui para o nada, do nada pra lua
E agora eu sei também
Que não tenho dinheiro, não tenho mais certezas,
Não tenho ninguém.

E a estrada continua do nada pra lua
E eu meu próprio refém...
Mas sei que quanto mais eu vôo mais eu vou além...
- Franklyn Gallani-

OBS: Às vezes não consigo encontrar as palavras para dizer o que estou sentindo. Por isso, hoje, recorro à um grande amigo e grandiosíssimo compositor.
Dedico este post à Camila M. T.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Clóvis Camargo segue em frente


Clóvis Camargo em: Falha na Conexão

Clóvis Camargo entra na sala

Anjinho Carente fala com Moreninha_19: Entaum quer dizer q vc se parece com a Scheila Carvalho?

PALMITÃO grita com TODOS: OLHA SÓ O ANJINHO CARETÃO!

Romildo/SP fala com TODOS: Alguma gata afim de um papo gostoso?

AFRODITE fala com Clóvis Camargo: Oi Clóvis, quer tc?

Moreninha_19 fala com Anjinho Carente: Sim, só q sou mais bonita. Quer conferir?

Clóvis Camargo fala com AFRODITE: Olá, me diz uma coisa: o que significa “tc”?

Romildo/SP fala com TODOS: Alguém do Jaçanã ae?

PALMITÃO grita com TODOS: Hahaha. O Clóvis naum sabe tc?

Anjinho Carente fala com Moreninha_19: Claro q sim. O q vai fazer nesse FDS?

AFRODITE fala com Clóvis Camargo: Ai, tadinho. Vou te ensinar a tc e outras coisitas mais, quer?

PALMITÃO grita com TODOS: JAÇANÃ É O C... ZONA LESTE É Q COMANDA!!!

Moreninha_19 fala com Anjinho Carente: Na minha casa ou na sua?

Romildo/SP fala com MISTERIOUS_GIRL: Será q posso desvendar os seus mistérios, gatinha?

Clóvis Camargo fala com AFRODITE: Dependendo do que for “tc”, quero sim.

Sarinha_Bronzeada/RJ entra na sala

PALMITÃO grita com TODOS: Sai fora Romildo! Ninguém quer tc com vc...hahaha.

Anjinho Carente fala com Moreninha_19: Eu conheço uma pizzaria ótima. q tal?

Romildo/SP fala com Sarinha_Bronzeada/RJ: Hummm, eu adoro cariocas. Vamos tc?

AFRODITE fala com Clóvis Camargo: Que tal vc me ligar q eu explico tudinho. Tô taum sozinha!

Moreninha_19 grita com Anjinho Carente: PIZZARIA?... AH, SAI PRA LÁ MANÉ!!!

Sarinha_Bronzeada/RJ fala com Romildo/SP: Mas eu odeio Paulistas. Vê c naum enche!

Clóvis Camargo fala com AFRODITE: pode ser, eu adoraria minha Afrodite.

Anjinho Carente sai da sala

PALMITÃO grita com TODOS: EU, EU, EU... O ROMILDO SE DEU MAL!!! HAHAHA...

Romildo/SP sai da sala

AFRODITE fala reservadamente com Clóvis Camargo: Anota ae meu número.

Clóvis Camargo sai da sala

FALHA NA CONEXÃO.
DESEJA RECONECTAR?

Escrito por: Michel Seadini e Henrique Nunes

quinta-feira, dezembro 02, 2004

O saudosismo que atravessa gerações

Nessa manhã, estava eu me preparando pra ir trabalhar quando a Dona Sueli (minha mãezinha) pergunta se eu não vou tomar o iogurte. Peguei meu iogurte de pêssego e resolvi sentar na sala pra ver um pouco de TV. Zapeando os canais me deparei com Kurt Cobain cantando “The man who sold the world” e antes que eu desse o meu já habitual suspiro melancólico e dissesse: “Isso sim que é rock”, a Dona Sueli, que também estava por ali, me vem com essa:

- Olha o Nirvana aí. Queria ganhar um real pra cada vez que você me fez ouvir essa banda.
- Pois é, mãe. Isso sim que era rock.

O clip já estava no fim. Com meio acorde do próximo clipe eu já tratei de desvendar quem era:

- Nossa! Stone Temple Pilots. Essa banda é muuuuito foda!!! Lembra dessa mãe?
- Não me é estranha.
- Espere até o refrão.

E quando chegou o refrão eu nem precisei dizer nada. A Dona Sueli já tratou de cantar o refrão junto com o Scott Weiland:

- And i feeeeeeeeel it!
- Lembrou mãe?
- Vixi. Essa já até enjoei de ouvir.
- Verdade né, mãe?

Saí pra escovar os dentes e arrumar minhas coisas. Já estava atrasado. Quando volto me deparo com a Dona Sueli cantando (em inglês cósmico, diga-se de passagem) o refrão de “Would” do Alice in Chains, o clipe que sucedera o do Stone Temple Pilots.

Saí de casa, pensativo. Lembrei dos bons momentos que vivi nessa época e pensei: “Definitivamente eu ainda sou grunge. Não existe ninguém nesse mundo que seja mais grunge do que eu”.

Mas justiça seja feita: a Dona Sueli não fica muito atrás também não.