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segunda-feira, janeiro 24, 2005

Eu só posso estar sonhando!!!

Estava eu e o Seu Pasqual (meu pai) dentro de um salão enorme, cheio de carros, procurando alguma coisa boa para fechar negócio. Tinha uma pick up linda por apenas 8 mil reais, mas ele cismou que não queria essa. Fiquei muito puto e saí andando.

Saindo do salão, me deparo com os corredores de um shopping center. Estou olhando as vitrines quando esbarro com a Dona Sueli (minha mãe). Após alguns instantes de conversa resolvemos entrar no mesmo salão que eu havia acabado de sair, mas, dessa vez, entramos para assistir ao show dos Racionais Mc´s (Imaginem eu e minha mamãezinha no meio de um show dos Racionais?)... Pouco antes de começar o show, minha mãe me desafiou a beijar alguma garota presente. Eu topei o desafio e fui de encontro à uma garota encostada na parede. Era uma garota que eu já havia ficado algumas vezes, mas nunca mais liguei (vamos chamá-la de Ana, ok?), ou melhor, não era ela, mas era, entenderam? Ok, vou explicar melhor: Era a Ana, mas no corpo de outra garota qualquer. E enquanto eu tentava beija-la, ela perguntava:
- Por que você não me ligou mais? Eu te fiz alguma coisa?
- Não é isso... É que eu tiv...
- Você não podia ter feito isso comigo e bla bla blá.

De repente a garota que derramava suas lágrimas por mim não era mais a Ana, ou melhor, era, mas dessa vez no corpo da Ivete Sangalo (Imaginem a Ivete Sangalo dando escândalo só porque eu não liguei pra ela?). Ah, agora estávamos numa ponte, com uma bela vista pro mar e um monte de gente passando.
Alguns instantes depois a Ivete Sangalo não era mais a Ana, era só a Ivete mesmo. Sim, a cantora. E ela continuava fazendo escândalo, o povo todo assistindo de camarote, até que eu a calei com um beijo.

Após Ivete e eu fazermos as pazes, ficamos abraçadinhos, namorando, quando de repente passa o Fernando Baiano (Para os que não o conhecem, provavelmente a maioria de vocês, o Fernando Baiano é um jogador de futebol que surgiu no “Todo poderoso timão”, depois jogou na Alemanha e, atualmente, joga no São Caetano). Mas então, o Fernando Baiano nos viu e parou pra bater um papo.
- Nossa! Não sabia que vocês estavam juntos.
- Estamos. E ficaremos pro resto de nossas vidas – respondeu a Ivete com um belo sorriso no rosto e aquele sotaquezinho baiano irresistível.
- Onde você tá indo – perguntei.
- To indo ver o jogo, você não vai?
- Que jogo?
- Ponte Preta x Paraná.
- Nah! Prefiro ficar aqui com meu amorzinho – Respondi antes de beijar a Ivete.

O Fernando Baiano seguiu em frente e a Ivete me convidou para ir à casa dela. Disse que a mãe não estava lá.

PSIU: Vocês devem estar se perguntando: Mas o que houve com o Seu Pasqual e com a Dona Sueli? E eu me faço a mesma pergunta. Mas acredito que o Seu Pasqual deve ter desistido de comprar o carro. Porque, como de costume, nada o agradou. Já a Dona Sueli deve ter esperado o Mano Brown cantar “Eu sou 157” para que pudesse acompanha-lo naquela parte: “Xiiii Jão, falando sozinho, heim! Essa era da boa, ó! Põe dessa pá mim.”, Afinal, ela adora. Sempre canta junto. E depois disso deve ter voltado para as vitrines do shopping.

Mas voltando ao meu namoro com a Ivete.
Caminhávamos de mãos dadas em direção à casa dela. Aquela expectativa. Mas quando chegamos em frente a casa dela... "TCHAM, TCHAM, TCHAM, TCHAM. Acordei, claro. Com um Filho de uma puta de um pernilongo picando o meu pé.
- Que puta azar do caralho. Sabia que eu estava sonhando!
Mas juro que por alguns instantes eu acreditei, e me via pensando se ligaria pra ela no dia seguinte ou não.

OBS: Devo ficar uma semana ou mais sem postar nada aqui. Já pedi o speedy para a loja, mas deve demorar um pouco e eu tenho que levar o meu computador pra lá até as coisas se ajeitarem e a gente comprar outro. Mas em breve ficarei o dia todo em frente a tela desse computador: Escrevendo muito e lendo os blogs destas pessoas que tanto prezo. Um forte abraço aos leitores fiéis deste blog (a Kelly, o Marcio, o Alex, o Ragazzo, a Srta. Bia, o Léo Drummond, a Luiza), aos que estão chegando (Dapirueba, Rinogas) e aos que sempre comentam, mas eu esqueci. É muito bom, após um período no anonimato, voltar a sentir-se querido. Mas comentem o texto e não a observação, ok? Eu sei que eu tenho uma certa tendência a desviar o foco do post... Coisa de quem gosta de aparecer.
Até breve!!!

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Ao mais desprezado rei

Ao que traz essa rotina
Possessiva e fulminante
Talvez seja minha sina
Ser um ser irrelevante

Mas não seja por vontade
Nem por falta de atitude
Seja sempre por verdade
Pois tristeza é uma virtude

A virtude traz poder
O poder se torna dor
Quando passo a viver
Pra soltar o meu rancor

Escrever é libertar
Liberdade é ambição
Quando a luz se apagar
Eu retorno à solidão


OBS: Essa é uma antiga poesia que escrevi. Gosto dela, mas não tanto quanto minha amiga Luiza Vaz... Dedico esse post pra ela.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Não dá pra perder a piada

Visita ao Vaticano:
Ontem a equipe Ferrari foi recebida pelo Papa no Vaticano.
No encontro ele parabenizou a equipe pela conquista e foi presenteado com uma réplica em miniatura do F2004, carro com o qual Schumacher foi campeão mundial no ano passado.
Em seguida o Papa abençoou os pilotos da Ferrari... Primeiro o Schumacher, depois o Barrichello.

OBS: Além da falta de tempo, agora peguei uma baita gripe. Tenham paciência que, em breve, o blogueiro mais charmoso do Brasil estará com mais tempo... e mais saúde também.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Clóvis Camargo se defende

Caros leitores desse bloguizinho sem vergonha!
Aqui quem escreve é Clóvis Camargo.

Em resposta aos que andam dizendo por aí que eu naum pego ninguém, tenho algumas considerações à fazer:

* Quem não pega ninguém é esse tal de Seadini aí. Fica só fazendo pose de fodão, mas vive pelos cantos por causa de qualquer perdidinha que fala "Oi" pra ele.

* O bostinha do escritor não conta as minhas maiores glórias. Por exemplo quando a garota mais bela da classe quis ficar comigo e eu dispensei, só pra botar banca. Além disso, eu peguei a Shirley sim, pode perguntar pro Mineiro.

- Pera lá, Clóvis. O Mineiro não é aquele que foi estudar medicina em Cuba? (Seadini)
- Sim, ele mesmo. (Clóvis)
- E como eu vou perguntar pra ele?
- Isso é problema seu. E tem mais, pode contar daquqela vez que eu peguei a Rebeca, aquela dançarina gostosona, e depois dispensei.
- Mas eu já contei, Clóvis.
- Então conta denovo, porra...
- Calma Clóvis, olha a agressão, heim! A chapa vai esquentar pro seu lado. Cê num sabe, mas eu já fiz capoeira, heim. Ai ai Clóvis, solta, eu conto, eu conto...

Clóvis Camargo em: O binóculo e a Rebeca

O Clóvis morava no 16º andar e a Rebeca no 15º do prédio em frente. Eles não se conheciam até o dia em que Clóvis comprou um binóculo.
A Rebeca era dançarina de um programa infantil e todos os dias por volta das 19h, ela chegava, tomava um banho e andava nua pela casa. Às vezes dançava axé em frente ao espelho da sala também. Era linda, tinha longos cabelos loiros e um corpo escultural. Uma mulher de parar o trânsito.
Durante dois meses, o Clóvis ficou apenas admirando a Rebeca pela janela e pensava: “é muita areia pro meu caminhãozinho”. Porém, com o tempo ele foi se apaixonando cada vez mais. Nem a olhava mais como uma gostosona, e sim como sua futura esposa.
A Rebeca parecia saber que tinha alguém a espiando e dançava de maneira bastante provocativa. O Clóvis não suportava mais e resolveu investir. Mandava cartas, poemas, flores e até um aparelho de som novo ele deu. A Rebeca ficava cada dia mais curiosa, até que resolveram se encontrar.
Ela com um vestido curto, valorizando as belas pernas e com um decote bem generoso. Ele fazia o estilo despojado: calça jeans, camiseta do Olodum e boina na cabeça.
Quando a Rebeca viu o Clóvis pensou em se mandar, mas resolveu ficar e se divertir um pouco antes de dar um fora no rapaz. Mas ele se mostrou tranqüilo, contou um pouco da sua vida e das suas aventuras. Quando deram por si já era alta madrugada, pois o bate-papo estava ótimo e ambos não queriam ir embora. Marcaram outro encontro pro dia seguinte e assim foi até começar o namoro.
A Rebeca cada vez mais apaixonada e o Clóvis cada vez mais tranqüilo.
Dois meses depois ele chegou até ela e disse que queria terminar o namoro, pois ela era muito insegura, ciumenta e possessiva.
- Preciso respirar, ter vida própria. Você me sufoca – disse o Clóvis antes de sair do apartamento dela.
Depois disso foi pra casa, pegou o binóculo, avistou a Rebeca que chorava nua no sofá da sala. Então disse pra si mesmo:
- Meu Deus! Que baita mulherão heim!


-Agora quero ver quem vai dizer que não pego ninguém. E podem esperar, conheci um baita caldão na internet e logo logo vamos nos encontrar...
Ass. Clóvis Camargo

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Clóvis Camargo em: "A cartada final"

Final de ano no cursinho. O Clóvis passara o tempo todo de olho na Ritinha. Ele sabia que, talvez, nunca mais a veria em sua vida. Decidiu qual seria a sua última cartada... churrasco.
Clima perfeito: Sol de verão, pais viajando, turma empolgada, muita bebida e pouca comida. As garotas todas desfilando os seus belos corpos esculpidos em academias, se bem que nenhuma chegava aos pés da Ritinha. Os garotos já estavam todos preparando o terreno para o bote.
- Nossa Fredão! A Ritinha num chega. Será que ela vem mesmo?
- Queta Clóvis, se ela disse que vem é porque vem.
- Num sei não. Acho que tomei balão.
Eis que surge a Ritinha, acompanhada de um cara alto, loiro e com um baita corpo atlético.
- Num acredito que ela tem namorado. Eu fiz tudo isso pra nada?
- Queta Clóvis, esse é o irmão dela – disse o Fredão.
O Churrasco foi esquentando, começou a surgir os primeiros casaizinhos, e o Clóvis continuava disparando seus galanteios para a Ritinha.
Certa momento a Ritinha se aproximou do Clóvis e disse:
- Preciso muito falar contigo Clóvis, mas não pode ser aqui.
O coração de Clóvis acelerou, as mãos ficaram frias, mas Clóvis não demonstrou nada:
- Clacaclaaaro Riritinha! Pode ser nonooo meu quaquarto?
- Pode sim, mas sejamos discretos heim?
“É hoje meu Deus, é hoje” – pensou o Clóvis.
Chegando no quarto a Ritinha foi direto ao assunto:
- Seguinte Clóvis: eu tô muito afim do Fredão. Cê num pode me ajudar?
- Bom, acho que ele tá afim da Shirley, mas posso tentar – respondeu decepcionado.
Clóvis não disse nada, jamais entregaria o ouro pro bandido. Porém, 15 minutos depois, ele flagrou a Ritinha e o Fredão no maior amasso. No fim do churrasco:
- Pô Fredão! Puta mancada heim. Cê sabia que a Ritinha e eu tava quase...
- Queta Clóvis, ela sempre foi afim de mim. Foi mal cara, mas você precisa entender que não era qualquer uma, era a Ritinha, né?
- É. Cê tem razão. Sendo a Ritinha eu te entendo. E além do mais, eu também dei uns amassos na Shirley.
Mas era tudo mentira do Clóvis, e o Fredão sabia disso.

Escrito por: Michel Seadini e Henrique Nunes

sexta-feira, janeiro 07, 2005

A Evidência

Ainda que pasmem os leitores, ainda que não acreditem e passem, doravante, a chamar este escritor de mentiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta precisar, entraram num restaurante de luxo, que não me interessa dizer qual seja, um ratinho gordo e catita e um enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes. Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém se espantou, muito menos o garçon do restaurante. Era apenas mais um par de fregueses. Entrados os dois, ratinho e tigre, escolheram uma mesa e se sentaram. O garçon andou de lá prá cá e de cá prá lá, como fazem todos os garçons durante meia hora, na preliminar de atender fregueses mas, afinal, atendeu-os, já que não lhe restava outra possibilidade, pois, por mais que faça um garçon, acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou pois o garçon e perguntou ao ratinho o que desejava comer. Disse o ratinho, numa segurança de conhecedor - "Primeiro você me traga Roquefort au Blinnis. Depois Couer de Baratta filet roti à la broche pommes dauphine. Em seguida Medaillon Lagartiche Foie Gras de Strasbourg. E, como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit Estraguèe avec Cerises Jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um Laffite Porcherrie Rotschild 1934.

— Muito bem - disse o garçon. E, dirigindo-se ao tigre — E o senhor, que vai querer?
— Ele não quer nada — disse o ratinho.
— Nada? — tornou o garçon — Não tem apetite?
— Apetite? Que apetite? — rosnou o ratinho enraivecido — Deixa de ser idiota, seu idiota! Então você acha que se ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?

MORAL: É NECESSÁRIO MANTER A LÓGICA MESMO NA FANTASIA.

OBS: Fiquem calmos, meus leitores. É claro que não fui eu quem escreveu essa maravilha, mas acontece que acabei de ler "Fábulas fabulosas", do Millôr Fernandes e achei fantástico. O cara tem um humor único. Resolvi postar um dos textos contidos no livro.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, janeiro 04, 2005

Daquelas pra contar aos netos (mas desde que eles também sejam amantes da literatura)

...Estava eu e o Seu Pasqual olhando um possível salão para abrigar a nossa loja quando, em meio as tranqueiras de um ex-supermercado, me deparo com uma caixa cheia de azulejos e livros... Não resisiti e comecei a procurar alguma coisa.
- Sai daí Michel, o máximo que cê vai achar aí é um rato bem grande.
De fato não havia encontrado nada além de alguns livros didáticos de 7ª série (como é que se diz hoje?), foi quando, lá no fundo da caixa, achei um livro fininho e empoeirado.

RESULTADO: Há pouco comecei a ler "O alienista" do nosso bom e velho Machadão.

BINGO!!!

PS: Responderei alguns dos comentários com outro comentário sempre que postar um texto novo.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Ano novo, promessas, justificativas e mais uma tentativa de chupinhar o Mestre Veríssimo

Opa!
Antes de mais nada: Um 2005 fantástico de bom pra cada um de vocês, especialmente para uma pessoa que eu amo demais e estou morrendo de saudades: Thiago Fernandes Pasqual.

Todo mundo faz um milhão de promessas quando chega o ano novo. Eu vou fazer só uma:
Prometo que vou ler muito Clarice Lispector este ano. Pronto, já fiz.

Estou numa fase de mudanças na vida: estou começando a trabalhar com o seu Pasqual (o papai) e estou com pouco acesso a internet, portanto não estou em condições de assumir a minha velha condição de melhor blogueiro do Brasil. Além disso, ainda não aprendi a responder comentários, editar links e colocar imagem nesse blog. Tudo isso explica a forma como venho me escondendo e o meu sumiço em outros blogs que tanto prezo. Assim que a loja estiver montada terei livre acesso a internet e poderei dar-lhes a devida atenção. Muito obrigado pela compreensão.

Abaixo mais uma de minha crônicas.

AH, SE EU GANHASSE...

(Uma mesa de bar. Três amigos tomando cerveja quando chega a Beth)

BETH: Olá!
LUCINHA: Oi Beth, como vai?
BETH: Bem. ceis viram a Loteria? Acumulou. Tá em quase 30 milhões.
GARÇON: Mais um copo?
DUDA: Faz favor. Ah, aproveita e desce outra.
PEDRO: Já pensou levar essa bolada?
DUDA: Ah, Se eu ganhasse na loteria. Compraria um prédio, com piscina, quadra de futebol, salão de jogos, sala de ginástica, restaurante e etc. Depois convidaria as pessoas que mais gosto pra morar nesse prédio comigo. Todas as noites haveria festa ou reunião, com as melhores comidas e bebidas.
BETH: Ah, se fosse eu, viajaria uma vez por mês, ia conhecer o mundo todo. Começaria pelo Brasil, depois América Latina, Europa, até chegar na Austrália.
PEDRO: Se eu ganhasse na loteria, faria um festival com as bandas que mais gosto, no estádio do Morumbi. Assistiria o Pearl Jam, o Iron Maiden, o Bad Religion e o Radiohead, como sempre sonhei.
BETH: Mas não seria melhor você viajar e assistir o show dessas bandas na Europa ou nos States?
PEDRO: Mas acontece que eu não sou egoísta igual você. Eu penso nos meus amigos. Eu traria os shows pra cá, pra que todos pudessem assistir.
BETH: Não é egoísta, é tonto.
LUCINHA: Se eu ganhasse na loteria, construiria centros esportivos e casas de cultura em várias favelas espalhadas pelo Brasil; além de escolas e professores capacitados para dar-lhes um ensino de primeira qualidade e...
DUDA: Ih! Lá vem a Madre Teresa de Calcutá.
(Duda e Lucinha numa discussão. Pedro e Beth em outra)
BETH: E tem mais... Cê acha que alguém ainda gosta de Iron Maiden?
LUCINHA: Não sou igual você que não tá nem aí pra situação social.
PEDRO: E você que gostava de Hanson?
DUDA: Você e esse papo de social. Fica aí falando mas nunca faz nada. Socialista de boteco, isso sim que você é.
BETH: Hanson!? Nunca gostei de Hanson. Larga a mão de ser mentiroso o Pedrita.
GARÇON: Mais uma?
DUDA: Por favor.
LUCINHA: E você? Burguesinho sustentado pelo pai. Já faz cinco anos que faz cursinho e nada de passar na faculdade. Por quê você não desiste e vai trabalhar com o papai?
PEDRO: Pedrita é o caralho!!!
DUDA: Pelo menos não fico posando de rebelde em faculdade que o papai paga.
BETH: Ui, ui, ui Pedrita.
LUCINHA: Ah. Vai pro inferno Duda!!!
PEDRO: Eu vou enfiar a mão na tua cara, viu menina!!!
DUDA: Vai você Lucinha. Quem sabe você não encontra o Che Guevara lá.
BETH: Você que se atreva.
LUCINHA: Não fala do Che!
GARÇON: Com licença, mas é que nós estamos fechando. Aqui está a conta, senhores.
(Lucinha pega a conta. Silêncio na mesa)
LUCINHA: Deu doze reais pra cada um e dez pra Lucinha que chegou depois.
PEDRO: Paga a conta aí Duda, cê é rico.
DUDA: Tá, só porque você quer.
PEDRO: Então me empresta três reais.
DUDA: Ai, não guento mais. Tô precisando ganhar na loteria, assim eu sumia e...
BETH: Ih! Nem começa heim Duda, nem começa.